segunda-feira, 11 de junho de 2012

Mulher Elétrica e Garota Dínamo (2001)


Electra-uau! Em 2001, Sid e Marty Kroft produziram uma apresentação da “Mulher Elétrica e Garota Dínamo”, uma nova versão da série de 1976, sobre uma dupla de combatentes do crime. (Uma apresentação, diferente de um piloto, é uma série de cenas apresentadas para os executivos da TV). Diferente da série original, exibida nas manhãs de sábado, sua proposta era exibi-la às 21:30 (Electra-não!), estrelando Markie Post ("DURO NA QUEDA") e Anne Stedman ("COWBOYS DO ESPAÇO").

“Queríamos reviver a série,” recorda Marty Kroft, “entregamos o roteiro a Jeff Kline (CAÇA-FANTASMAS: EXTREMOS). Ele se associou a Elisa Bell (YOUR LIFE IS NOW). Elisa e sua irmã, desde crianças, eram fãs da ‘Mulher Elétrica e Garota Dínamo’, então entregaram seus corações ao projeto.” Embora a rede WB tenha optado por não produzir a série (Electra-bandidos!), o projeto ainda está vivo. Um filme está sendo estudado (Electra-super!), talvez com um elenco diferente (Electra-oh!). Enquanto isso, uma versão da apresentação (da qual existem várias) está sendo vendida na eBay e é provavelmente uma restrição ao mercado de vídeo pirata.

Kroft descreveu a apresentação: “ela começa explicando o que aconteceu com a Mulher Elétrica (Post). Bom, ela está morando num trailer em Vegas e tem problemas com o álcool. Judy Bennet (Stedman), que vai a UCLA trabalhando para o jornal, quer encontrá-la e convidá-la para uma reunião de super-heróis e outras personalidades. Quando ela tinha cinco anos, a Mulher Elétrica salvou-a de um acidente na roda gigante de um parque de diversões.” Bennet devolve a fé da Mulher Elétrica nos heróis e transforma-se na sua nova parceira.

A proposta da série estava bem montada. Glitter e provavelmente todos os antigos vilões poderiam voltar, com a Garota Dínamo original como a uber-vilain. A partida da Garota Dínamo original, foi a causa do alcoolismo da Mulher Elétrica, por tê-la abandonado pra se tornar uma supermodelo e tomando-lhe o marido logo em seguida. “Sua vida de supermodelo esconde uma extraordinária vida de crimes”, revelou Jeff Kline, que, junto com outros, queria Judy Strangis revivendo o papel.

"Em nossos episódios, sempre haviam crimes cômicos”, continua, “mas provavelmente, tínhamos uma pessoa mais cômica ainda por trás do crime... A Mulher Elétrica acaba se mudando para o dormitório de Judy, e isso causa mais problemas para Judy. Por exemplo, se o pai de Judy vier visitá-la e sentir-se atraído pela Mulher Elétrica, a última coisa que você quer é seu pai dormindo com a sua colega de quarto.” Electra-problema!

A apresentação era irreverente e satirizava os super-heróis. “Nós tentamos brincar com algumas das convenções dos super-heróis”, relatou. “Como o fato de não se importarem com o dinheiro e não ligarem para publicidade. Para a Mulher Elétrica, tudo envolvia dinheiro, muita publicidade e o fato de que ninguém mais lhe dava atenção.“

“Todos os outros super-heróis tinham algum tipo de propaganda”, acrescenta Elisa Bell. “O Flash fazia comerciais de FedEx – suprimentos alimentares.” “De fato, tínhamos uma cena na qual um ônibus apresentava o Super-Homem num cartaz das Copiadoras Kisko”, continuou Kline. “Parodiamos o Aquaman. Ele estava voltando para uma reunião no colégio e estava reclamando que estavam servindo linguado gigante – halibut - no almoço... Eu não acredito que a Warner permitiria que usássemos os seus personagens, caso a série fosse produzida!”

As novas fantasias da Mulher Elétrica e da Garota Dínamo (Electra-impressionante!) foram projetadas pelo veterano Greg LaVoi (NOVO ELO PERDIDO). “Queríamos deixá-las um pouco mais modernas e sexys, do que as originais (mas) mantendo a integridade das mesmas”, explicou. “Na Mulher Elétrica, fomos conduzidos pelas cores vermelho e dourado, que eu adoro. A atriz que escalaram tinha um corpo fantástico e podíamos realçar todos os seus dotes físicos. Markie Post ficou fantástica. Quanto a Garota Dínamo, pra começar, eu não gostava da fantasia original. Eu achava que ela era muito parecida com a fantasia da Mulher Elétrica. Graças aos produtores e aos roteiristas, pudemos mudar as cores, eu acredito que elas estão muito mais modernas. Também dava um ar alegre para ela. Novamente, a fantasia destacava seus belos atributos.” Um transeunte no estúdio concorda. 

“Tínhamos (filmagens ao ar livre) em Vancouver,” recorda-se Kline, “e o trafego só se interrompia para admirar essas mulheres incrivelmente maravilhosas em suas fantasias apertadas.” LaVoi estava ansioso pela série. “Ela teria sido ótima”, animando-se. “Eu criaria grandes vilões.”

Havia também as bugigangas de combate ao crime da era da Mulher Elétrica de 1976. “Encontramos um pequeno carro elétrico que reformamos para ser o novo ElectraCar”, recorda Kline, e mais tarde filmaríamos nele, “(mas) como estávamos fazendo uma apresentação, e não um piloto, terminamos não usando-o por completo (movimentando-se).”

“Tínhamos também o ElectraBeam, o treco no braço (da Mulher Elétrica),” acrescenta Bell, “mas ele era muito velho e desengonçado, e podia até pegar fogo ou eletrocutá-la.”

Kline acrescenta, “tentamos copiar o visual desleixado do raio nele mesmo. Não era uma obra-prima da Computação Gráfica, propositalmente, tentamos fazê-lo parecer ultrapassado.”

Para Markie Post, interpretar a nova Mulher Elétrica “foi mais do que um sonho. Eu realmente não conheci a série original da ‘Mulher Elétrica e Garota Dínamo’, (mas) muitas crianças que estão hoje com mais de vinte anos, deliraram de entusiasmo. Tive a chance de interpretar uma personagem que realmente tinha seus altos e baixos, essa teria sido a série. Foi muito divertido interpretá-la, porque geralmente eu não sou uma pessoa muito extrovertida (risos).” 

Da co-estrela Anne Stedman ela se entusiasma: “Ela é um sonho. Ela é tão doce, tão esforçada. Ela faria uma louca como eu (risos). Tudo era perfeito, eu adorei trabalhar com Marty (Kroft). Ele é muito divertido!”

Post acredita que o projeto poderia ter virado uma série, se o piloto tivesse sido produzido. “Eles queriam fazer um piloto, com o orçamento de uma apresentação, o que seria um erro, porque eles não estavam preparados para fazer uma produção com a qualidade que desejavam. Eu tive a idéia da apresentação. Sinceramente, pra que você contaria uma história (aos executivos de TV) que dizem ‘Essa não, não queremos uma história, precisamos é das cenas’. Eu não acredito nisso. (A equipe de produção) tentou manter a história o quanto pode e acabou tendo que cortar parte do material que tinha sido filmado. A Warner Brothers disse, ‘não vamos assistir a isso por muito tempo.’ Eu acho que eles não tinham paciência. Estava chegando muito material de personagens novos. Eles tiveram que eliminar toda a química que surgiu naturalmente entre Anne e eu. As cenas que você tem que filmar no Canadá nunca eram as mesmas. Você não tinha tempo de trabalhar nelas; você tinha que conversar pelo telefone antes de ir para lá. É difícil. (Se o projeto tivesse se transformado numa série, provavelmente seria filmada na América). Eu acho que eles deveriam filmar tudo novamente e fazê-lo direito, porque é realmente uma grande idéia! (risos)”

Ela conclui, “eu acho que a Warner Brothers ficou um pouco assustada. Não parecia com nada que já tivesse sido visto na televisão, porque pegava personagens vivos e esculhambava-os. Alguns deles eram baixos e vis (mas) eram engraçados. Eu acredito que queriam suavizá-los, como as tevês gostariam de fazer.”

Poderão a Mulher Elétrica e a Garota Dínamo, prevalecer contra a indústria do entretenimento (Electra-pernas e inutilidades) ? Fique sintonizado!

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