"Em 1972, uma unidade de comando da Infantaria foi enviada a prisão por uma corte militar, acusados de um crime que não cometeram. Foragidos de uma prisão de segurança máxima, ainda hoje são procurados pelo governo e sobrevivem como aventureiros, soldados da fortuna... Se você tem algum problema, se ninguém mais puder ajudá-lo, se conseguir encontrá-los, talvez consiga contratar o ESQUADRÃO CLASSE A" (abertura nacional)
A narração acima, acompanhada da inesquecível música-tema militar de Mike Post e Pete Carpenter, conduzia, toda semana, uma legião de fãs da ação ao mundo secreto do
Esquadrão Classe A.
Criada por Stephen J. Cannel e Frank Lupo, a série apresentava um quarteto de veteranos do Vietnã que foram aprisionados por seu próprio governo depois de serem erroneamente acusados de roubar fundos apropriados de uma invasão no Banco de Hanoi. Os quatro homens rapidamente escaparam de uma prisão de segurança máxima, passando a viver às ocultas e buscando novas carreiras como soldados da fortuna.
O Esquadrão era formado por:
- Coronel John "Hannibal" Smith - o líder que adorava fumar um charuto e mestre na arte dos disfarces;
- Tenente Templeton Arthur Peck, o "Cara-de-Pau" - o garoto boa pinta do grupo, que podia usar seus incríveis poderes de persuasão para fornecer ao grupo os recursos necessários para cada missão;
- Capitão H.M. "Louco Furioso" Murdock - um ás da aviação com um questionável nível de sanidade;
- Sargento B.A. Baracus - um gênio mecânico com um visual bem colorido que tem seu apelido originado justamente de seu comportamento briguento (BA = Briga Armada) e que não consegue esconder seu medo de voar.
Os quatro viajam através do país e também a outros pontos exóticos enquanto combatem o crime e a injustiça - trabalhando para qualquer pessoa que pagasse por seus serviços (e geralmente até para aqueles que não poderiam pagar). Ao mesmo tempo, eles são perseguidos como criminosos pelo Exército dos EUA, inicialmente sob às ordens do Cel. Lynck, o comandante da prisão militar do Forte Bragg. A repórter Amy Allen acompanhou o Esquadrão em algumas aventuras da primeira temporada, e outras parceiras temporárias do Esquadrão A incluíam Tawnia e Carla, mas este era fundamentalmente um Clube do Bolinha.
Logo de início, a série se tornou muito popular entre o público, e foi a grande responsável por resgatar a convalescente NBC da sua posição de terceiro lugar entre as três maiores redes. Mr. T tornou-se uma celebridade entre os fãs, tanto adultos como crianças, inspirando um desenho animado (simplesmente chamado
Mr. T) e até um cereal para o café da manhã. Não era difícil saber o porquê: ninguém se vestia melhor que ele (cabelo estilo moicano, coberto de ouro), ele dirigia o fantástico furgão do Esquadrão, e ele conseguia fazer uma bazuca de um cano ou um balão de ar quente usando um secador de cabelo.
A série foi atacada pelos críticos diversas vezes, alguns acusando-a de ser a série mais violenta da televisão. Apesar dessas críticas ferrenhas, a série raramente mostrava um personagem ficando seriamente ferido. Balas voavam, mas os bandidos geralmente eram ruins de mira e os mocinhos faziam a maior parte do seu trabalho com um soco bem dado. No que diz respeito à ação da série os críticos não se deram conta do elemento que realmente encantava a legião de fãs do Esquadrão: seu apurado senso de humor.
O roteiro de "perseguição militar" foi perdendo ênfase a medida que a série ia sendo produzida, ressurgindo apenas próximo ao fim de sua jornada, quando o Esquadrão A foi capturado pelo General Stockwell, que decidiu permitir que o Esquadrão pagasse sua dívida com a sociedade transformando-os em Agentes do Governo. Durante essa época, um novo membro passou a integrar o Esquadrão: "Disphan" Frankie Sanchez, um perito em efeitos especiais.
Essas mudanças pretendiam elevar a audiência, mas o tiro saiu pela culatra, gerando a decepção dos fãs mais ardorosos quando alteraram o tom da série de cômica para séria. A audiência foi caindo lentamente, levando a série ao seu cancelamento definitivo. Contudo, o Esquadrão Classe A é relembrado carinhosamente pelos fãs e fez muito sucesso ao ser reprisada novamente no TCM Hollywood, no Brasil.
O co-criador Stephen Cannel afastou-se para criar outras séries de sucesso, como
"Hardcastle and McCormick" e
"O Homem da Máfia", outra série muito cultuada. Em 2010, os antigos rumores de que Cannel ressuscitaria o Esquadrão A, concretizaram-se com o lançamento do filme homônimo.
"Eu adoro quando um plano dá certo."
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